terça-feira, 16 de agosto de 2011

Bardana

BARDANA A RAIZ



Quando numa feira livre, eu observei aquela raiz fina e suja, pensei que os japoneses estavam equivocados, ah tão sublime paladar cultural, nem sabia o sabor, mas fiquei curioso com a descoberta, comprei.
Não sabia como fazer, como sempre decidi fazer por mim mesmo e fiz, tirei a casca, lavei deixei de molho, depois refoguei com alho, cebola, e gergelim, usei azeite e óleo de gergelim, ficou muito bom, quase inusitado.
Quando resolvi descobrir quais as qualidades da bardana, aprendi, deve-se lavar e não tirar a casca, onde estão todas as propriedades funcionais e nutricionais da planta.
Escovar a raiz esse é o segredo.
Porem não me contentei e resolvi descobrir o verdadeiro sabor, tão diferente à nossa cultura e tão simples e fácil de compor nosso cardápio.
A Bardana é uma planta de origem européia, porém, foram os orientais que descobriram seu uso culinário, sendo que gregos já a usavam em emplastos e remédios, como antiinflamatórios e bactericidas.
Não se aprofundando na origem, planejei uma comida rústica e simples, usando essa planta.
Pensei num risoto e com a verdadeira simplicidade refoguei tudo como no inicio desse texto e acrescentei o arroz, caqui cortado em cubinhos, vinho branco e alho poro, confesso que coloquei muitas ervas, como o nirá, e hortelã, e acrescentei um pouco de água e farinha de arroz, e tudo se transformou num risoto cremoso.
Cremoso demais, pensei e resolvi acrescentar eu pouco de crocancia, e coloquei umas castanhas do Pará marinadas em shoyo, pronto, o prato esta para ser servido
Da Europa, ao oriente asiático, e estamos no Brasil,
Risoto de bardana e caqui.



Mais viagem cultural que isso, impossível.

Djalma Araujo

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